Redes sociais mudam conceitos de privacidade

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Os adeptos das redes sociais crescem cada vez mais no Brasil, com isso as pessoas expões suas vidas na internet sem se preocupar com as conseqüências futuras. Juliana Rodrigues, 18, estudante, conta tudo que acontece na sua vida aos seus “amigos” por redes sociais como Twitter  e Facebook, a que mais cresce no Brasil. Para ela é “mais prático” contar as novidades por esses meios, de maneira generalizada para todos, do que ficar falando pessoa por pessoa.

Juliana não é a única. Segundo o psicólogo Oliver Prado, do Conselho Regional de Psicologia, as pessoas caminham para a perda de privacidade em relação ao que acontecia há dez anos atrás. Este fator acontece porque os internautas não estão preocupados com isto nas redes sociais.



Carla Oliveira Ribeiro, psicóloga e blogueira, concorda com ele quanto à essa mudança de conceito. “Não necessariamente devido às redes sociais, mas as relações sociais vêm mudando nas últimas décadas, especialmente com o advento da internet e do alcance da globalização”.

No entanto, expor a vida em redes sociais pode ser prejudicial em diversos aspectos, como a dificuldade para manter relacionamentos e prejuízo profissional. Um exemplo é a professora que perdeu o emprego após ter conteúdo comprometedor associadoa a ela na internet, lembra Carla.

Segundo Prado, um ponto crítico dessa perda de vida particular será chegar ao ponto em que uma pessoa não se submeter em mostrar suas vidas para os outros, desligando o celular para não saberem onde está, ou não twittar isto, será motivo para desconfiança dos outros.

Ambos os psicólogos concordam que, antes da utilização das redes sociais, o usuário deve ler as suas  políticas de privacidade. Para Oliver Prado, os usuários escolhem perder a privacidade, sem saber disto.

Falsa realidade

Mesmo com essa superexposição, nem sempre o que as pessoas mostram é o real. Existe uma necessidade crescente de tornar-se notícia na internet, então sempre mostramos algo irreal, como fotos nos melhores ângulos para mostrar aquilo que é “ideal e o bem estar”.

Facebook perde força nos EUA

Uma pesquisa realizada em 2011 mostrou que nos Estados Unidos 6 milhões de pessoas deixaram de usar o Facebook, enquanto no Brasil o número de usuários aumentou, no mesmo período. Segundo alguns estudiosos, esta queda ocorre por que os usuários cansam da falsa sensação de contato, e para outros é um sistema natural, como o que aconteceu com o Orkut no Brasil.

**Texto publicado nos portais Online Unisanta e A Tribuna (no programa Jovem Jornalista)**

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